Vênus realizou na noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira a passagem diante do Sol, o que chamou a atenção dos astrônomos. O fenômeno só voltará a acontecer dentro de 105 anos. As chuvas impediram os asiáticos de acompanharem o fenômeno. O trânsito do planeta entre a Terra e o Sol começou pouco depois das 19h (horário de Brasília) no céu da América do Norte, América Central e na parte norte da América do Sul.O deslocamento de Vênus, convertido em um grosso ponto negro na superfície do Sol, deve ser observado através de filtros solares aprovados para evitar o risco de cegueira, advertem os cientistas.
"Não é um eclipse clássico, no qual o sol é totalmente obscurecido. O diâmetro de Vênus representa um centésimo do Sol, então será apenas um ponto superposto na esfera solar e que se movimenta", disse Fred Watson, do Observatório Astronômico da Austrália à agência de notícias AFP.
A Austrália foi o melhor local para acompanhar o fenômeno, com quase sete horas de visibilidade na zona oriental e central do país. O fim do fenômeno foi observado durante a manhã na Europa, Oriente Médio e Ásia meridional. Na maior parte da América do Sul, África ocidental e do sudoeste, o fenômeno não pôde ser observado.
Os cientistas asseguram que estudar o trânsito incentivará esforços futuros para identificar planetas distantes e aprender mais sobre suas atmosferas. Apenas seis passagens de Vênus diante do Sol foram registradas das 53 ocorridas entre 2000 a.C. e 2004 d.C, quando ocorreu o último.
A próxima passagem de Vênus entre o Sol e a Terra ocorrerá em 2117, dentro de 105 anos. Esses trânsitos acontecem duas vezes a cada oito anos e, depois, não são registrados por mais de um século. O último trânsito de Vênus entre o sol e a Terra aconteceu em 2004 e nenhum fenômeno foi verificado em todo o século 20.
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